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Sam Pivnik- O Prisioneiro 135913

Nascido em 1º de Setembro de 1926, com o nome de Szmuel Pivnikem Bedzin, no sudoeste da Polônia, perto da fronteira com a Alemanha, ele foi o segundo filho de Lajb e Feigel. Em 1939, na época de seu 13º aniversário, as tropas nazistas atacaram a Polônia. “Nunca celebrei meu aniversário”, contou certa vez ao jornalista Adrian Weale, que produziu um documentário sobre sua história. “O que deveria fazer com a data? Nada. Então deixei pra lá”, lamentou. Por serem judeus os Pivniks foram forçados a viver no Gueto de Kamionka, em Bedzin desde o início de 1943. Em 6 de agosto de 1943, a família foi deportada para Auschwitz II / Birkenau. O pai, a mãe de Sam Pivnik, sua irmã mais nova Chana e os irmãos mais novos Meir, Wolf e Yossef foram assassinados logo na chegada. Ele diz que sua irmã mais velha Handel sobreviveu por um período de cerca de dez dias antes de ela também também ser “escolhida” para ir para a câmara de gás. Sam Pivnik foi devidamente registrado no campo e tatuado como prisioneiro de número 135913. Depois de um período de aproximadamente duas semanas na área de quarentena de Birkenau, Pivnik foi designado para trabalhar. A área de quarentena servia para que os prisioneiros recém-chegados fossem isolados para evitar a propagação de doenças infecciosas no acampamento. No Rampkommando ele trabalhou descarregando trens recém chegados, após os prisioneiros já terem sido levados para a entrada do campo ou para as câmaras de gás. Isto lhe permitiu ter acesso a alimentos e artigos de valor de outros prisioneiros, possibilitando que ele se alimentasse e também usasse certos itens para subornar kapos e oficiais nazistas. Em dezembro de 1943 Pivnik foi admitido na enfermaria de prisioneiros, com suspeita de tifo. Ele relata que passou por diversas “seleções”, até que em janeiro de 1944 foi admitido para o hospital principal dos prisioneiros. Após a sua recuperação de tifo, Pivnik foi selecionado para trabalhar no subcampo de Fürstengrube, em uma mina de carvão - que ficava há aproximadamente 30 quilômetros de Auschwitz. Lá ele foi designado para trabalhar na como supervisor na parte de construção. Foi durante esse período em que ele veio a conhecer de vista Josef Mengele, que foi o médico alemão que ficou conhecido como “anjo da morte”. Em 19 de Janeiro de 1945, o acampamento em Fürstengrube foi evacuado em face do avanço do exército soviético. Aqueles presos que estavam em suficiente em forma, marcharam para um terminal ferroviário em Gleiwitz. Muitos daqueles que não estavam aptos foram friamente assassinados por guardas da SS, liderados por Max Schmidt. Depois de uma viagem de nove dias em que os prisioneiros não receberam porções de alimento adicionais, o grupo de Pivnik chegou ao campo de concentração de Dora-Mittelbau. Pivnik passou os três meses seguintes em trabalhos de construção antes que ele - juntamente com cerca de 200 outros ex-prisioneiros de Fürstengrube- fossem evacuados por barco ao longo do rio Elba até Holstein, no norte da Alemanha. Em Holstein, os prisioneiros foram designados para o trabalho agrícola, onde trabalharam na fazenda dos pais de Max Schmidt. Em maio de 1945, Pivnik e outros ex-prisioneiros de Fürstengrube, foram levados para o porto de Neustadt, de onde embarcaram, em 3 de Maio de 1945, a bordo do antigo navio de cruzeiro alemão Cap Arcona que estava sendo usado como um navio-prisão para as pessoas de campos de concentração. Poucas horas depois do embarque no navio, a flotilha foi atacada por caça-bombardeiros da Força Aérea Real e os navios Cap Arcona e Thielbek foram incendiados e afundaram. Como um dos últimos a embarcar, Pivnik estava em um andar superior e dessa forma foi capaz de saltar do navio e nadar até a praia. Dos cerca de 7.000 prisioneiros a bordo dos dois navios, não mais do que 500 sobreviveram. Szmuel foi libertado mais tarde pelo exército britânico em Neustadt, em 4 de maio de 1945. Com o tempo, ele veio a adotar o nome de Sam Pivnik. Em 2012 ele publicou um livro relatando suas memórias da época do Holocausto, onde foram elencados pelo menos 14 ocasiões em que ele acreditava que iria morrer, mas contrariando as propabilidades ainda assim ele sobreviveu.

Registro fotográfico feito na casa de Sam Pivnik, que exibe sua tatuagem de prisioneiro.

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